Sexta dos Jogos: Onde o Brincar Vira Poesia
Nos dias e tardes serenas de uma sexta qualquer, o riso escorre pelos corredores como vento leve que sopra histórias no ouvido da infância. É dia de brincar, de jogar, de mergulhar nos pequenos universos que habitam os tabuleiros e as páginas dos livros. A “sexta dos jogos” não é apenas um evento — é uma celebração da imaginação, da partilha e do encanto que mora nas coisas simples.
No salão, o bingo canta seus números como versos soltos no ar. Cada pedrinha sorteada é esperança, é suspense, é alegria contida nos olhos atentos que aguardam completar a cartela da sorte. É um jogo, mas também é abraço, encontro, gargalhada coletiva.
Nas mesas, os jogos de tabuleiro formam ilhas de pensamento e estratégia. Cada lance é uma escolha, cada carta virada um novo caminho. Ali, crianças, jovens e até os mais velhos constroem juntos mundos feitos de regras, risos e descobertas. O tempo desacelera e cede lugar à presença.
Ao lado, a biblioteca sussurra segredos entre estantes. Livros repousam, pacientes, aguardando mãos curiosas que os acordem. E quando um deles se abre, tudo muda: dragões voam, navios partem, estrelas nascem. Ler, afinal, é o jogo mais profundo — e mais livre — que existe.
E na brinquedoteca, o riso é rei. Bonecos, blocos, carrinhos, casinhas: tudo vira história, tudo vira vida. Ali, o brincar é poesia em movimento, é dança sem coreografia, é sonho em cores espalhado pelo chão.
A sexta dos jogos não é só passatempo. É ponte. É afeto. É um lembrete de que, quando se joga junto, se vive melhor. E que o lúdico — esse sopro de alma — faz da rotina um lugar mais leve, mais vivo, mais nosso.