Na manhã de 12 de dezembro de 2025, a Biblioteca da Usipaz Benguí realizou o lançamento do livro O Cavalo de Prata, de João Arthur. João é um adolescente de 16 anos, morador do bairro do Benguí e frequentador assíduo da biblioteca, onde realiza leituras constantes, além de empréstimos de livros. O evento foi organizado pela biblioteca, e a escrita do João foi incentivada por várias pessoas, entre elas as servidoras Ana Rosely, Tainara Cardoso e Ana Priscila (atualmente na Biblioteca do Guamá).

O evento é um lançamento simbólico, pois o livro eletrônico foi publicado em outubro deste ano no site Amazon e está disponível para compra. Durante o evento, o jovem autor contou um pouco sobre o livro, suas inspirações na literatura, como J. R. R. Tolkien, L. Frank Baum e C. S. Lewis, que moldaram sua escrita. Além disso, João também foi inspirado de modo pessoal pelo seu pai, que foi desenhista. O gosto pela leitura e pela escrita são recentes, e ele confessa que buscou o mundo da literatura de maneira individual, impulsionado pela forma como começou a interpretar as histórias que lia.

Os participantes puderam fazer perguntas e parabenizar o João Arthur. Entre os presentes, Elisabeth, como representante da Usina do Benguí, e Suzana Tota, da Biblioteca Arthur Vianna. Essas instituições apoiaram e agiram de modo conjunto para a impressão (usina) e encadernação (Bib. Arthur Vianna) de dois exemplares do livro, que agora fazem parte do acervo da Biblioteca do Benguí, a partir da mediação da bibliotecária Tainara Cardoso.

Depoimento do autor

Após o evento, o autor falou um pouco sobre como estava se sentindo e declarou: “É um sentimento revigorante. Eu fico muito feliz e emocionado com uma oportunidade dessa, porque eu nunca imaginei, sendo um autor iniciante, receber algo assim. São coisas maravilhosas, é uma bênção. Ter vocês duas… Deus colocou vocês na minha vida (se referindo a duas servidoras da biblioteca). Eu agradeço muito, agradeço demais. É um sentimento inacreditável, porque eu nunca imaginei que, logo de cara, teria meu livro impresso, com um evento onde eu pudesse autografar, e as pessoas perguntando sobre ele. É um sentimento de felicidade porque eu pude mostrar a minha escrita, a minha história, e as pessoas se interessaram, procuraram. Isso me deixa honrado e muito feliz. É algo meu, sabe? Eu penso: ‘Caramba, eu criei algo que as pessoas gostaram!’, e fico muito feliz com isso. É um sentimento que refrigera a alma”, conclui João Arthur.

O incentivo à leitura e à produção local, como a de jovens escritores como João Arthur, evidencia mais uma vez a importância da biblioteca no contexto atual e reforça a necessidade de espaços que valorizam as pessoas e suas histórias.

Texto e fotos: Tainara Cardoso / Flyer e marcadores de livros: Ana Priscila Santos

 

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